Bruno Tinoco | IT Professional

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Com seus equipamentos perto de atingir o final da vida útil, o Banco Central do Brasil decidiu adotar estratégias de virtualização e consolidação. Depois de utilizar o Microsoft Virtual Server desde 2006, o BC decidiu migrar para o Hyper-V, recurso de virtualização presente no Microsoft Windows Server 2008.

Os equipamentos respondiam por funções variadas que iam desde serviços de impressão e hospedagem de sites importantes até aplicações críticas para as operações do banco. Por esse motivo, o BC também precisava definir planos eficientes de alta disponibilidade e de contingência para os novos equipamentos.

A instituição decidiu adotar estratégias de virtualização e consolidação de servidores para reduzir custos. Com as novas soluções da Microsoft, criou na sede em Brasília 150 máquinas virtuais hospedadas em cluster com 12 hospedeiros (hosts), com dois nós, para casos de contingência. Em fevereiro de 2008, a equipe de TI do BC passou a trabalhar com as versões beta do Hyper-V. De acordo com Nelson Kolarik, analista de TI do Banco Central, várias características do Hyper-V se mostraram adequadas ao que o BC pretendia ter no ambiente virtualizado. "O Hyper-V é capaz de trabalhar em um ambiente multiprocessado e com até 64 GB alocados por máquinas virtuais", destaca.

O banco usa o Microsoft System Center Virtual Machine Manager 2007 para centralizar o gerenciamento do ambiente virtualizado. Com essa ferramenta, é possível acompanhar o status das máquinas virtuais para verificar as aplicações executadas, a partir de um único console.

A prioridade é instalar, em máquinas virtuais hospedadas em dois clusters Windows Server 2008 com Hyper-V, os novos serviços que o banco demandar e também migrar gradativamente as aplicações instaladas em Virtual Server 2005 R2. De acordo com Daniel Moyses Neto, chefe da divisão de sistemas operacionais do Banco Central, a meta da instituição financeira é ter todas as máquinas virtuais em Hyper-V e gerenciadas com versão 2008 do Virtual Machine Manager até julho deste ano. Desde setembro de 2008, o BC já trabalha com máquinas virtuais de bancos de dados, serviços web e o sistema de antivírus do banco com Hyper-V.

Maior flexibilidade e desempenho

Com o Hyper-V e as tecnologias de failover clustering, o BC terá uma ambiente virtualizado de alta disponibilidade, com planos eficientes de contingência. Pela análise de Kolarik, a migração de máquinas virtuais entre hospedeiros é cerca de 20% mais rápida do que no cenário anterior. "Isso garante períodos de paralisação mínimos quando, por algum motivo, é necessário realizar a transferência de máquinas virtuais", comenta. Além disso, o Hyper-V oferece o recurso de snapshot para criar uma imagem instantânea da máquina virtual, que pode ser retomada a qualquer momento.

A recuperação de desastres na área de TI do BC também está muito mais ágil. Situações que antes exigiam mais de duas horas para voltar à normalidade hoje, na maioria dos casos, se regularizam em menos de um minuto, graças às ferramentas que garantem o rápido provisionamento de servidores.

O BC ganhou mais agilidade ao conseguir implementar novas aplicações em máquinas virtuais. "Podemos moldar nossa infraestrutura para hospedar novos servidores com muito mais agilidade, de acordo com a demanda do banco. Isso se traduz em melhor qualidade de serviço", afirma Neto.

Ganho de desempenho foi outro benefício que o BC identificou com a migração para o Windows Server 2008 com Hyper-V. De acordo com Kolarik, houve um salto de velocidade de até 70% no acesso ao disco e de 50% no processamento em relação ao Virtual Server. Ao consolidar e virtualizar servidores, o BC diminuiu a necessidade de adquirir mais equipamentos e, mais importante, reduziu os custos de manutenção e operacionais - por exemplo, com licenças e consumo de energia.

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